sábado, 4 de agosto de 2018

Sozinhos na Ilha - Tracey Garvis-Graves - Opinião - Edições Asa



Sinopse: Uma ilha deserta plena de sol, vegetação luxuriante e mar cristalino é um cenário de sonho. Ou talvez não... Anna Emerson decide quebrar a sua rotina e deixar Chicago para dar aulas numa ilha tropical. Por seu lado, T. J. Callahan só quer voltar a ter uma vida normal após a sua luta contra o cancro. Mas os pais empurram-no para umas férias num destino exótico. Anna e T. J. estão a sobrevoar as ilhas das Maldivas a bordo de um pequeno avião quando o impensável acontece: o aparelho despenha-se no mar infestado de tubarões. Conseguem chegar a uma ilha deserta. Sãos e salvos, festejam e aguardam, convictos de que serão encontrados em breve. Ao início, preocupam-se apenas com a sobrevivência imediata e imaginam como será contar tamanha aventura aos amigos. Nunca a citadina Anna se imaginou a caçar para comer. T. J. dá por si a lutar com um tubarão e a ser acolhido por simpáticos golfinhos. Os dois jovens descobrem-se timidamente e exploram a ilha. Mas à medida que os dias se transformam em semanas, e depois em meses, as hipóteses de serem salvos são cada vez menores. Ambos têm sonhos por cumprir e vidas por retomar, e é cada vez mais difícil evitar a grande questão: conseguirão um dia sair daquela ilha?

Opinião: Este livro já foi publicado em 2011 e também já o tinha na estante à bastante tempo, como me apetecia uma história descontraída e romântica resolvi pegar nele e acabei por não ficar desiludida.
O enredo é muito simples, fique vivo até ao resgate. TJ e Anna têm dificuldade em adaptar-se à vida na ilha, não existe água fresca e estes não sabem como cuidar de si mesmos e não existe abrigo, com o passar do tempo e com as muitas aventuras que vão vivendo descobrem como cuidar de si mesmos e com o passar dos anos, crescem para cuidar um do outro.
O livro é contado a partir dos pontos de vista de Anna e T.J., alternando de capítulo para capítulo, mas nenhum outro personagem entra na história, por isso sabemos apenas o que eles sabem, acaba por ser angustiante tentar perceber se estivéssemos na situação deles o que os familiares e amigos ainda estariam a fazer se ainda à procura deles ou se já teriam perdido a esperança, por isso ficamos  no escuro quanto eles.
A história acaba por ser bem conseguida, era interessante ver como os problemas iam evoluindo e como estes os tentavam resolver dentro das possibilidades que tinham.
Um outro factor cativante e também bastante complicada é a relação entre os nossos protagonistas, porque começou como professora e estudante, o que significa que há mais limites implícitos do que se eles tivessem sido apenas estranhos juntos no mesmo avião.
Ao irmos acompanhando a relação torcemos realmente para que tudo acabe bem, mas será que realmente isso acontece dado que ambas as partes estão desnutridas, à mercê dos elementos e em constante perigo de ataques dos tubarões e de tudo o resto.
Em suma, se o final acaba por ser previsível, a história é muito interessante de seguir, a autora fez um bom trabalho em envolver-nos com o ambiente de toda a ilha, assim como o facto de alguns mistérios que vão surgindo aguçar ainda mais o apetite, sem dúvida que aqui o romance é grande parte do protagonista mas é um livro bastante envolvente ideal para uma leitura de Verão.









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