sábado, 10 de fevereiro de 2018

Vidas Finais - Riley Sager - Opinião - Topseller



Sinopse: Para sobreviver a um assassino, é preciso ter um instinto assassino.
Há dez anos, Quincy Carpenter, uma estudante universitária, foi a única sobrevivente de uma terrível chacina numa cabana onde passava o fim de semana com amigos. A partir desse momento, começou a fazer parte de um grupo ao qual ninguém queria pertencer: as Últimas Vítimas.
Desse grupo fazem também parte Lisa Milner, que perdeu nove amigas esfaqueadas na residência universitária onde vivia, e Samantha Boyd, que enfrentou um assassino no hotel onde trabalhava. As três raparigas foram as únicas sobreviventes de três hediondos massacres e sempre se mantiveram afastadas, procurando superar os seus traumas. Mas, quando Lisa aparece morta na banheira de sua casa, Samantha procura Quincy e força-a a reviver o passado, que até ali permanecera recalcado.
Quincy percebe, então, que se quiser saber o verdadeiro motivo por que Samantha a procurou e, ao mesmo tempo, afastar a polícia e os jornalistas que não a deixam em paz, terá de se lembrar do que aconteceu na cabana, naquela noite traumática.
Mas recuperar a memória pode revelar muito mais do que ela gostaria.


Opinião: Depois de sobreviver a um assassinato em massa, os jornalistas tentam fazer de Quincy numa última vítima, mas esta recusa em aceitar tal estigma, em vez disso termina a faculdade, vive com o seu namorado e estabeleceu-se numa vida confortável criando um blog bem sucedido.
Mas é quando Lisa morre uma outra sobrevivente de um assassinato macabro, que o mundo de Quincy aparentemente perfeito começa a desabar, repórteres começam de novo a importuná-la e quando Sam outra sobrevivente bate à sua porta tudo vira de pernas para o ar, e é precisamente este tipo de problemas um dos mistérios deste livro inventivo e bem elaborado.
Quincy pode parecer uma sobrevivente modelo, mas é só porque conseguiu esconder a sua confiança em Xanax, quanto a sua propensão para o pequeno roubo, esta está convencida que ela e Sam podem-se ajudar, mas os maus hábitos de Sam parecem começar a encaixar-se com a própria Quincy e esta começa a perder a controle.
A autora faz um bom trabalho ao desenvolver uma sensação de medo, em vez de uma ameaça.
Enquanto a maior parte do livro, é escrita do ponto de vista de Quincy, Riley Sager tece cenas da noite dos assassinatos do amigos de Quincy o que nos permite informações que esta não se consegue lembrar.
Não lembrar dos acontecimentos da noite dos assassinatos de seus amigos parece oferecer-lhe alguma proteção, mas há um ar denso de pressentimento à medida que a história progride. Sabemos que algo de mal irá acontecer, mas não sabemos exactamente o que e por quê. Por outro lado oferece-nos uma associação bastante limitada, em termos de quem pode ser uma ameaça para Quincy, existe Coop  o policial que encontrou Quincy e que tem sido o seu apoio desde então, assim como Jeff, o namorado de Quincy de vários anos, e claro há Sam, que parece ter uma influência terrível sobre Quincy  que está determinada a conseguir que Quincy se lembre  do que aconteceu naquela noite em Pine Cottage e claro há Quincy, que aprendemos  por meio de flashbacks  que foi suspeita por parte dos policiais de saber mais do que parece da sua noite de terror.
Ao longo de todo o livro não nos podemos sentir seguros em realmente adivinharmos o que aconteceu, penso que aqui a escritora fez um excelente trabalho em manter em suspense o toque final.
Sem dúvida um bom livro no suspense psicológico.
 







Sem comentários:

Enviar um comentário